Gaza também é isso

24ago10

A praia em Gaza, do álbum "Gaza" no FacebookVi pelo Facebook, esses dias, um álbum que recebeu o nome de “Gaza”, sem nenhum comentário adicional da autora, conhecida minha. Mas há uma chuva de comentários de outras pessoas sobre a “boa vida” dos palestinos na cidade mais populosa do mundo… Embora não esteja claro que as fotos tenham mesmo sido feitas em Gaza, faço a pergunta:

E se forem? E daí?

O embrulho no meu estômago ao ler esse tipo de comentário tem uma razão. Duvido que alguma dessas pessoas tenha pisado uma vez sequer em Gaza ou em qualquer outra cidade palestina, mesmo na Cisjordânia. Eu já estive lá. Faz tempo, foi em 2005, antes da saída de civis e tropas israelenses, e antes do Hamas. Vi coisas diferentes do que essas fotos mostram.

Desde que o Hamas tomou o poder, as coisas só pioraram por lá. Essas cenas – como a foto que ilustra este post, que aparentemente mostra a praia de Gaza – são a exceção à regra… É verdade também que desde 2005 não voltei a Gaza. Tive a chance, depois da guerra entre o Hamas e o Exército israelense, mas acabei não indo. Quem foi contou cenas bastante diferentes dessas. Inclusive amigos meus.

A mídia mostra diariamente cenas diferentes e mais doloridas. Há outra Gaza, que a mídia não mostra? Há, claro. Há também outro Rio de Janeiro que a mídia não mostra, outra Jerusalém que a mídia não mostra e outra Manila que a mídia não mostra além daquela que foi cenário do sequestro do ônibus de turistas por um policial filipino ontem…

Recentemente o diretor do escritório de imprensa do governo israelense (GPO), Danny Seaman, que depois foi afastado do cargo, mandou um email para os jornalistas estrangeiros com uma sugestão de um restaurante luxuoso em Gaza. O email começava assim:

Por conta da expectativa de que correspondentes estrangeiros visitem Gaza para cobrir as alegadas dificuldades humanitárias no território governado pelo Hamas, e como parte dos esforços para facilitar o trabalho dos jornalistas na região, o GPO  tem o prazer de trazer a seu conhecimento o cardápio e informações sobre o restaurante Roots Club, em Gaza.

Soubemos que o strogonoff de carne e a sopa de creme de espinafre são muito recomendados. Você pode pedir um possível desconto mediante a apresentação de uma credencial de imprensa válido. [leia a íntegra no blog de Lisa Goldman]

O blog da Lisa, aliás, mostra exatamente a má intenção de pessoas que querem fazer acreditar, com o uso de fotos e vídeos, que Gaza não passa por uma crise humanitária. Não é verdade. Como ela mesma menciona no post, boa parte da população do território não poderia pagar uma refeição no restaurante indicado por Seaman.

Você deve saber que a Faixa de Gaza fica na costa do Mediterrâneo. E deve saber que em agosto faz calor por aqui. Muito calor. Se a praia de Tel Aviv pode ficar cheia, por que a de Gaza não pode? Porque lá há uma crise humanitária? O argumento não me convence. E daí que há prédios modernos e inteiros, jardins bem cuidados etc? Isso por acaso é sinal de que não há um conflito acontecendo?

Em Sderot, cidade israelense próxima da fronteira com a Faixa de Gaza, que tem sido bombardeada por mísseis Qassam do Hamas há nove anos, há também prédios inteiros. Isso mostra que não há uma crise no local?



25 Responses to “Gaza também é isso”

  1. Mas Zé, tentar convencer ateistas de que não existe ceu nem inferno….? So podia dar nuns comentarios assim, nao?

  2. Gostei do post! Essa sutileza é a maneira adequada de não cair nas visões unilaterais geralmente burras e incompletas.

    Isso me lembrou uma foto bacana que vi recentemente e coloco aqui: http://fotos.estadao.com.br/pipas-em-gaza,galeria,3444,113298,,,0.htm

    Tem também sua poesia.
    Que essas crianças, quando adultas, desfrutem de uma outra Gaza!

    abs,
    me

  3. 3 Fernanda Fig

    Parabéns pelo post, Gab, excelente abordagem e crítica na medida. Pode ser que esta praia seja em Gaza, e todas as fotos daquela álbum do FB também sejam em Gaza, mas me faço a mesma pergunta: e daí? E daí que essa meia dúzia de fotos cuja autenticidade é de origem duvidosa (provem) serão usadas agora para acusar de mentirosa uma população que vive em condições piores que nossos bichos de estimação. E desde quando essa gente sitiada vai a essa mesma praia e frequenta estes prédios luxuosos? Eu nunca vi e o mundo nunca viu. Curioso, não?

    Abram os olhos pra propaganda, minha gente. Isso vem de longe, e quem é judeu deve se lembrar mais ainda disso. Cuidado. Leiam 1984. E Robert Fisk também, pra saber o que realmente acontece na Palestina.

    PS: Aproveitando as referências ao Rio, talvez Israel tenha aprendido mesmo com eles a fazer propaganda enganosa sobre a boa vida em Gaza: fingir que está tudo bem, incorporar a pobreza no mau sentido e mostrar um povo feliz e lutador pra esconder a corrupção, os crimes, a miséria, e perpetuar a ignorância, o confirmismo e bem-estar de poucos.

    • Fê, tenho que discordar do tom do seu comentário. Pode ser que você tenha razão em alguns dos argumentos, mas o tom acusatório não está com nada. Também, o fato de o mundo nunca ter visto – simplesmente porque não é isso que vende notícia – não significa que não existe. Existe, sim, e o meu questionamento é: e daí? Isso não diminui o tamanho da crise humanitária, não significa que Gaza passa a ser destino turístico (como alguns sugeriram nos comentários patéticos que escreveram junto ao álbum) e não diminui o tamanho da responsabilidade tanto do Hamas (agora, antes da Fatah) como de Israel (sim, de Israel) e do mundo nessa situação.

      Dentro de uma semana um novo ciclo de negociações deve começar. Israelenses e palestinos vão se sentar à mesa norte-americana para conversar e tentar achar um acordo perdido no tempo e na esperança dos dois povos. Mas ao escrever “palestinos” eu me refiro apenas aos que vivem na Cisjordânia. Os palestinos governados pelo Hamas na Hamaslândia (a Faixa de Gaza) não participam e não serão beneficiados por qualquer acordo eventual que possa surgir. E aí?

      • 5 Fernanda Fig

        Gab, infelizmente eu fiz meu comentário influenciada pelas barbaridades que li nos comentários daquele álbum de fotos no Face. E também depois de ler o texto que vc indicou, o post do blog da Lisa Goldman. Ou seja: tem menos a ver com seu texto do que com aquelas informações (sorry).

        Agora, se for realmente coincidência o fato de o governo israelense ter soltado três “evidências” da boa vida em Gaza no mesmo dia do bombardeio que matou 22 palestinos (propaganda); e se todos aqueles comentários do álbum forem somente piadas de mau-gosto, sem nenhum fundo de verdade, então eu deveria mesmo mesmo retirar meu “tom acusatório”.

        Agora, sinceramente, você acredita mesmo que esta conversa entre israelenses e palestinos vai trazer a paz para a região? Seria lindo, mas eu duvido seriamente. Talvez traga melhoras pontuais (o que já será positivo), mas chamar isso de paz é muito, muito pouco.

      • Agora, sinceramente, você acredita mesmo que esta conversa entre israelenses e palestinos vai trazer a paz para a região? Seria lindo, mas eu duvido seriamente. Talvez traga melhoras pontuais (o que já será positivo), mas chamar isso de paz é muito, muito pouco.

        Respondendo: não, não acredito. Nem que vá trazer paz, nem que vai trazer qualquer coisa parecida. Acho que a única coisa que pode acontecer é uma escalada na violência e um aumento dos fanatismos. Infelizmente, não vejo possibilidade real de haver paz por aqui. E isso não vai acontecer enquanto houver fundamentalistas de cada um dos dois lados. Mas pode ser que eu seja apenas pessimista demais…

      • 7 Fernanda Fig

        PS: Não que vc tenha dito a palavra “paz”, essa fui eu quem disse. ;)

  4. 8 Lilian

    Duvideodó, mas seria muito bom se for verdade.
    Alguém aí em Israel… não rola perguntar para alguém que mora em Gaza se é verdade ou não?!
    قبلات

    • 9 Ila

      Ja perguntei “pra alguem de Gaza” (ok, ele eh fugido de Gaza, pq civil q consegue, prefere fugir de la) e ele disse q eh verdade sim. Eh verdade tb a ditadura e a matanca de pessoas q nao seguem a linha “hamaslenta”… ele entao so consegue ver os pais uma vez no ano, qdo eles recebem autorizacao (do hamas) pra passar a fronteira e visitar Israel.

  5. 10 Maria

    Gabriel,
    Nao entendo como voce vive em Israel, usufruindo a liberdade de expressao na unica democracia do Oriente Medio, publica em seu blog mensagens tao unilaterais. E ainda chama os Israelenses de HIPOCRITAS.
    Voce tem filhos? Eles servem o exercito de Israel onde vc diz q vive? Voce vive a aflicao de saber q a quaquer momento seu filho possa ser convocado para a frente de guerra nos conflitos?
    Eu ja visitei Gaza no passado. Antes, qdo ainda se podia entrar la sem ser linchada por ser Israelense. E tambem ja vizitei muitos lugares da Cisjordania. E sempre me compadeco diante de um rosto sofrido de uma crianca e mulheres submissas. Independente se eh Muculmana ou Judia. Uma crianca eh uma crianca! E cada ser humano eh um universo!
    E sim…ja visitei tambem muitos lugares q creio q voce nao visita; como o cemiterio militar ….vc ja visitou algum deles?
    Como alguem q escreve (e a escrita eh um dom) vc deveria ser menos unilateral. A minha indignacao nao eh com o povo de GAZA e sim com os terrorristas q governam GAZA. E sim, ja contribui muito para o povo de GAZA sim. Na essencia talvez mais q vc.
    Aqui em Israel as pessoas tambem sofrem e 90% da populacao nao eh a favor de conflitos, incluindo a mim q tenho filhos no exercito.
    Como Israelense q trabalho com publico inumeras vezes tenho contato com pessoas vindas de Gaza ou Cisjordania e estas se sentem livres para transitar, trabalhar e receber atendimento medico dentro de Israel.O mesmo nao acontece com um cidado Israelense q entra em Gaza.
    Qto ao “fedelho” combina mais que “bedelho” nesse caso.

    Maria

    • Maria, eu não costumo aprovar comentários que contêm agressões pessoais contra outros leitores ou contra mim (veja: http://wp.me/P5JXD-2). Aprovei o seu porque já tínhamos trocado mensagens, mas quero pedir que as agressões parem por aqui, ou a nossa conversa não tem razão de ser. Chamar-me de fedelho não é muito gentil.

      Sim, eu vivo em Israel. Em Ramat Gan. Se quiser conferir, pergunte a algumas das pessoas que comentaram aqui, como você, ou telefone no meu número (052-869-3122) e podemos conversar. Aposto que você não vai me chamar de fedelho pelo telefone, como também não o faria pessoalmente. A internet dá algumas liberdades que não teríamos na “vida real”…

      Sobre seu comentário: não preciso ter filhos no Exército ou ter servido, eu mesmo, para entender o que você diz. Tenho amigos próximos que servem ou serviram e ouço as histórias e os dramas. E não há dúvida de que os israelenses querem paz. Os palestinos também querem paz, tanto quanto. A diferença é que os palestinos não têm voz. A democracia é israel. Os palestinos vivem sob uma liderança ditatorial e corrupta, que não dá voz ao próprio povo.

      Você me acusa de unilateralismo. Não vejo nenhuma razão na sua acusação. Na verdade, quem está sendo unilateral aqui é você: defende, a unhas e dentes, apenas um lado, que está sempre certo, na sua opinião. Isso é unilateral. Meu ponto de vista é mais amplo, mais aberto e meu modo de ver as coisas permite aceitar que Israel, o país onde vivo, onde tenho liberdade de expressão e onde gozo de liberdade de imprensa, também erra.

      Aliás, você tem razão ao afirmar que ao escrever (e eu digo mais: ao ser jornalista) preciso ser imparcial. Esse tem sido o meu desafio. É complicado ser judeu e trabalhar como correspondente de um veículo da grande imprensa brasileira (o portal Terra, procure as minhas matérias e tente acusar-me de unilateral depois). Mas o meu compromisso não é com Israel. Não sou funcionário do governo e não devo, só porque moro aqui, concordar com tudo que se faz e se diz. Meu compromisso é com a notícia, com o jornalismo. Como judeu, recebo cobranças dos dois lados: da diáspora (ou do que eu chamo “os cegos da diáspora”) e do veículo que me publica. Sou imparcial, Maria. Leia meus textos para notar.

      Continuo achando hipocrisia publicar fotos com a mensagem subliminar de que “Viram só? Em Gaza as pessoas vivem bem, não há crise, não há problemas”. Acho ainda mais hipócrita quem publica comentários do tipo “Vc viu so que pobrezinhos mas ai esta o segredo , todos queriam passar as ferias e levavam comida no barco é que ninguem entendeu (sic)”, ou “olha aí uma sugestão para as nossas férias de inverno … aposto que já que tem tuuuuudo isso deve ter kashrut gam =))
      Morrendo de dó … oooooooooooo coitadinhos ….(sic)”.

      Sim, Maria, já visitei cemitérios militares. Já chorei ao ouvir um pai contar, sentado diante do túmulo do filho que nem tinha 20 anos, a história de como ele morreu. E já chorei ao ouvir os dramas de palestinos que não têm a quem recorrer – vivem esmagados entre a corrupção da própria liderança e a força do exército inimigo.

      Gabriel Toueg
      052-869-3122

    • Maria, one thing you don’t notice is that precisely Gabriel’s critical writing about politics (and not getting imprisoned or denied the benefits otherwise available to ordinary citizens) is what MAKES Israel a democracy. Authoritarian regimes are equally kind or even kinder to conformists than democracies. Think about China.

  6. 13 mle

    quando eu crescer quero escrever assim! colocou em palavras exatamente o que penso e sinto!!!! :-) muito muito muito bom, Gabo!

  7. 14 Ila

    Gabo, ninguem nego q ha crise em Gaza. Como tb nao nega-se q ha no Rio, no Zimbabwe ou no Afeganistao.
    Mas nao ha SO crise em Gaza. E o q a midia tenta fazer eh mostrar Gaza como um ghetto cerrado e fechado, onde as pessoas morrem de fome e sede e nada mais entra la, precisando mesmo de flotilhas humanitarias para q o arroz da galera seja entregue. E nos sabemos q a realidade nao eh assim…
    A propo, o motorista com quem vou e volto toooodo dia do trabalho eh de Gaza. E adoro ouvir as verdadeiras historias vindas de palestinos de Gaza!

  8. 15 Yehuda Cavalli

    Concordo em parte com o post e em parte com o comentário da Ila….

    Exatamente como Sderot está em crise e ainda tem prédios inteiros e jardins, exatamente como o Rio de Janeiro vive numa “guerra civil pública” com os marginais dos morros, mas ainda assim ‘continua lindo”, etc. Gaza também sofre uma crise política, econômica e social, mas que não deixa de ter em suas terras prédios luxuosos, restaurantes caros, gente rica e etc… Creio que é isso que esses artigos, fotos, e outros materiais que estão se espalhando pela internet tentam mostrar. Que como em qualquer outro lugar em crise no mundo, Gaza tem seus dois lados.

    As pessoas imaginam que a região está sedenta e destruída, como assim vemos imagens do Afganistão pós-guerra, da Somália desnutrida, do Haiti pós-terremoto. Onde a população inteira parece estar em desespero, desabrigada, faminta e desamparada. Não é o caso de Gaza. Assim como não é o caso do Brasil inteiro, onde temos os contrastes da Fome no Sertão Nordestino, e a luxuosidade dos arranha-céus de São Paulo, ou das mansões de veraneio com seus yachts, em Angra dos Reis.

    Em compensação, não tem flotilha turca-européia querendo chegar no porto da Bahia, para levar comida aos nordestinos, ou acusando o Brasil de deixar o próprio povo morrer de fome.

  9. 17 Mariana Oz

    Gabriel eu nao entendo onde voce ouviu por ai dizer que nao ha crise em Gaza?? Desde que eu estou aqui a unica coisa que escuto na midia e sobre a crise de Gaza!!
    O que eles nunca colocariam nos jornais, ou na TV sao as fotos como as do album da Gladys. Eles nao querem que o mundo vejam pra onde vai o dinheiro que a Europa manda diariamente “para a crise de Gaza!!!!!”

    Eu nao digo que nao ha crise, sei que ha,,, morei no Brasil por 20 anos e sei muito bem como a corrupcao funciona. Mas o mundo tem ver a outra cara de Gaza a que ninguem ve. E tem que comecar a pedir contas de todo o dinheiro que eh mandado pra Gaza!!

    Os unicos que sofrem com a situacao em Gaza are the poor people que nao tem voz e vive com medo dos dois lados Hamas e Israel!!

    • EU money is NOT channeled through the Hamas govt, as EU regards Hamas a terrorist organization. Before Gaza was sealed off, the idea was to show that the good things come not because Hamas brings them, and that they can have it even better, as in the West Bank, if the govt is out after the next election. The idea may sound rather strange, but well, that was the deal. Before the military offensive.

      The difference between Gaza on one hand and slums of Brazil, Afghanistan, etc on the other is the fact that all these places at least have a government that controls its ports, can have an export policy, its own currency, and so on and so on, and finally, people can emigrate. Meanwhile, even talented students granted admission cannot leave to European or American universities from Gaza when admitted.

      Palestinians are, as I was told, the largest nation without any citizenship in the world where so many rights depend on it. People in Gaza are denied freedom of movement, family reunion with their families in the West Bank, their food and other stuff is rationed and ‘censored’ by the IL military, and the govt does the second round of limiting and censoring. It’s like North Korea, except that they don’t punish soccer coaches for underperformance :D

      Greetings from “blind and naive” Europe.

  10. 19 Ila

    Ha crise em Gaza como ha em qualquer parte do mundo, principalmente em lugares pobres ou terceiro mundo. Mas a intencao das fotos foi mostrar q alem da crise, ha vida tb!

  11. Just don’t pay attention to the people who think there is no crisis in Gaza – I don’t think there’s any remedy to their blindness.

  12. 21 Debora

    Adoro ter tempo pra ler o seu blog!!!!

  13. 22 Ila

    Pq a praia de Gaza n fica cheia? Pq la ta rolando uma super lei extremista islamica acerca das tb vestimentas e modo de vida dos palestinos.
    Ah, eu estive em Gaza (e Hebron e Yericho) sim, mas em 1996. Agora nao tenho a minima curiosidade de voltar la. Pq? Pq tenho medo.
    Claro q sabemos q ha um conflito acontecendo la. Entre a populacao civil e o Hamas, principalmente. Mas sabemos tb q a populacao nao vive em peticao de miseria, sem comida nenhuma e se arrastando pelo chao como em alguns paises da Africa.
    Vamos mandar entao uma flotilha pra certos pontos da Africa, q tal?
    ;)

    • 23 Maria

      Valeu Ila. Otima resposta! Gabriel, vc deveria visitar Israel e conviver la por tres meses no minimo. Garanto q sua opiniao unilateral iria mudar.
      Alem do mais, sendo brasileiro vc tem a oportunidade de contribuir ai mesmo. Afinal Gaza pode-se comparar ao Morro das favelas onde a maioria dos moradores sofre e os lideres estao armados ate os dentes causando com isso que a maioria dos brasileiros prefere ignorar o problema e meter o fedelho em terras distantes.

      • Maria,

        Já que você falou em “meter o fedelho (sic)”, deveria ter ido um pouco adiante na sua leitura do meu blog para saber que eu VIVO em Israel há bem mais de três meses. Estou aqui há seis anos, e estive em locais que aposto que você nunca pisou e arrisco dizer que você nunca pisaria. Não “meto o bedelho” (é assim que se diz, viu?!) em questões que não conheço, mas eu conheço o Oriente Médio, assunto sobre o qual escrevo para a mídia brasileira há pelo menos oito anos. Já que você acha que eu, como brasileiro, poderia contribuir no Brasil, pergunto a você: você contribui com Gaza? Ou também acha que não há uma crise humanitária por lá?

        Gabriel Toueg

  14. 25 Ana Néca

    Muito bom :)


Deixar mensagem para Gabriel Paciornik Cancelar resposta